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segunda-feira, 1 de agosto de 2011


Há ilusão de dentro para fora. Há mentiras por verdades e acreditamos que elas são, de fato, verdades, pois o sentimento confuso-certo não consegue expressar com clareza a sua intensidade, a sua tendência, o seu querer perene... o querer é perene?

Mas existe também o fato do passado ocorrido, feito, exercido, vivido, isso é físico, concreto... não é possível mudá-lo. Entretanto, um texto falado, escrito, gesticulado o conta como bem quer. Você pode mentir e mente. Quem te lê e escuta terá de você a tua palavra e acreditará nela. Mas se ela for mentirosa...

"Quantas vezes mais mentirá?" É a pergunta do teu interlocutor.

E por mais que você queira que ele acredite, depois de ter mentido, ele não acreditará mais tanto em você...

A verdade do que sentimos são várias, mas a verdade do que vivemos é uma só. É perigoso manipular a verdade dos fatos ocorridos em nosso favor em troca de um sorriso... ao descobrir o falseamento do que ocorreu de fato, o sorriso se transforma em silêncio sério, triste, em lágrima, desconfiança. A fé no invisível se esvai, fica apenas como tentativa, nunca como entrega.

Eu sempre digo que vivemos num mundo de ilusões, porque as pessoas não estão dispostas a verdade: a ouvir e a falar... brigam, xingam, ignoram, temem... é preciso compreensão. Eu tenho. Mas fé, confiança em tudo de bonito que meu semelhante diz... não. Eu quero o feio, o obscuro, eu quero evoluir, é preciso expôr o figado adoentado ao tato e olhar do médico para que ele o trate. Só assim.

Daline Gerber

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