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segunda-feira, 11 de julho de 2011


Perto da escola tinha um brejo... nele alguns trevos de quatro folhas apontavam para a rua no caminho de casa. Uniformizados, íamos nós, eu e meus colegas da escola, catar essas plantinhas preciosas. Desde cedo aprendi que dão sorte. Engraçado criança querer ter sorte! Eu queria. Achar dinheiro no chão e poder comprar biscoito sem culpa, sem ter sido roubo e sim sorte! Era uma maravilha. O tempo passou e o brejo foi aterrado. Trevo ficou tão difícil de achar. Assim como as borboletas que eu sempre via no caminho de casa e da escola. Hoje estou tão infantil. Gosto de sentir ar puro, esse ar.... puro mesmo. É que recebi um presente inusitado, bonito, criança... da minha namorada (feliz!), um pequeno vaso com... trevos! Trevos de quatro folhas! Eu contei. Um, dois, três, quatro. Ela disse pra eu cuidar, como quem cuida de um sentimento, do amor, do nosso amor que rima tão bem com sorte... e que sempre vai rimar. Vou cuidar, meu bem! Estou cuidando.


Daline Gerber