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sábado, 11 de junho de 2011


Meu olho é uma bola, meu copo, um navio. Navego, vejo, sinto. Não nego. Negue você.

Daline Gerber

Olha pra mim. resiste. Lá fora uma cidade inteira transita alucinada. Tudo isso cansa... e anima. Há pés que sentem a terra agora. Os meus torturados pelo aperto dos sapatos tentam se acostumar a prisão. Deixo pra depois o depois que não sei se existirá. Estudo música. Gosto de teatro, cinema, artes plásticas, gosto de sorrisos e acho ser humano uma arte. Pus minha mochila nas costas, sentei na barca pensando em como tem andado frio ultimamente. Achei bonito o olhar de uma menina na cantina da faculdade há tempos atrás, a reencontrei esses dias. Faz francês, eu acho. Terei oportunidade de me apresentar em alguma segunda-feira. Na Cantareira, início deste ano, enquanto dançava jongo, observava uma moça que olhava, loira, cacheada, bonita, sumiu... fui atrás dela, sumiu. Droga. Faz Serviço Social, sei onde encontrá-la, mas... não sei o que dizer. Estive frente a ela segunda-feira, estava de bicicleta, cumprimentando um e outro amigo do jongo. Fomos ao bar comemorar o aniversário da Roberta. Não tive coragem, ela me olhou e sorriu, me deu espaço, quase me chamou, quase fui. Quase. Pedi a um amigo pra descobrir o nome dela pra mim. Até agora nada. Outras tantas pessoas bonitas eu olho, beijaria, não quero me esforçar para estar perto, nem quero conquistar ninguém, quero aproximações naturais. Ai, não sei. Eu quero morar na Suíça.

Daline Gerber